
Da luz umas lembranças.
Da névoa, difusas formas se juntam.
As nuvens carregam imagens de meu olhar perdido.
Os sons, pararam.
A realidade, sumiu.
Entre uma tragada e outra, um filme.
Um tapete, um abat-jour de luz amarela, uma música.
Desfaz-se e recria.
Lençóis, almofadas, penumbra.
Apaga e transforma.
Violetas, pretos, azuis orientais.
A mão no vidro da janela fria.
Parece que sinto.
Acetinados, brilhantes, todos caíndo.
Disperso, imagino e crio.
Cantos, encostos, colo, parede, piso.
A brasa do cigarro próximo ao dedo, lembra.
Calor, suor, temperatura subindo, formas que se juntam.
Na fumaça expelida, uma certeza.
Sensação, finalização, consagração e êxtase.
Na janela, a chuva, água, úmido, gotas que escorrem.
Apago tudo e volto para o chão.
Texto e Foto: Orley
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