
Do meu castelo, vejo muitos outros. Das ameias fico admirando o movimento dos demais domínios. Olho, observo, mas não interfiro. De alguns vejo felicidade, de outros revolta, em alguns muita insatisfação. Quisera ajudar, mas não invado o castelo de ninguém. Respeito o que cada um construiu e como se estabeleceu. Apenas sou um observador. Gosto de observar. Já aprendi muito observando. De vez em quando, algum outro castelo tenta me invadir. Jogam pedras, tentam devassar, cutucam, procuram me atingir. Não conseguem. Confundem as coisas. Se não estão satisfeitos com seus castelos, arrumem o que está errado mas não tentem jogar coisas no meu castelo. O meu castelo é conhecido como o castelo da paz. Há que ache que paz é paciência. Não é. No meu castelo tem muita paz, mas pouca paciência. Se jogam muita pedra em minhas muralhas, fico quieto simulando paz, mas se insistem defendo meus domínios e mostro o limite da paciência. No fundo, todos ficam satisfeitos, pois se não invado, não quero ser agredido. O meu castelo é da paz e não da paciência.
Texto e foto(Castelo em Innsbruck - Austria)
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